Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 11.540 novos casos de leucemia para cada ano do triênio 2023 – 2025 no Brasil. O número chama a atenção para a importância da conscientização sobre o assunto, que é o foco da campanha Fevereiro Laranja. Segundo o Inca, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida.
Hematologista do Centro de Terapia Oncológica (CTO), Rodrigo Portugal explica que o diagnóstico da doença é feito a partir de um exame de sangue bastante comum, que é o hemograma. “É importante ressaltar que as leucemias englobam um grande número de doenças. De um modo geral, a população tem na cabeça a leucemia aguda, mas são várias e nem toda leucemia precisa de tratamento imediato”, explica.
De acordo com o especialista do CTO, em muitos casos é feito o acompanhamento e o tratamento ocorre apenas quando há uma progressão da doença e/ou no caso de sintomas. Rodrigo destaca que, no caso das leucemias agudas, o tratamento se inicia de forma imediata.
Diante da estimativa do Inca, o médico ressalta a importância de a população saudável ser doadora de medula óssea. “Em alguns tipos de leucemia o paciente precisa de um transplante de medula e nem sempre o doador está na família. Então, a pessoa vai buscar no Registro Brasileiro de Doares Voluntários de Medula Óssea (Redome). E quanto maior o volume de pessoas cadastradas, maior a possibilidade de se encontrar o doador para o paciente. É uma chance de salvar vidas”, diz.
Além disso, Rodrigo lembra que a medicina tem avançado muito nos últimos anos, inclusive com relação ao tratamento oncológico. “O que sabemos hoje é que todas as leucemias têm algum tratamento e, de modo geral, são muito eficazes”, conclui.
