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Prefeitura anuncia Plano de Contingência para o Transporte Público e cancela sete contratos emergenciais com empresas de ônibus

A Prefeitura iniciou um processo estruturado de reconstrução do sistema de transporte público da cidade. Um plano de contingência, dividido em cinco fases, foi anunciado com o objetivo de tornar o transporte coletivo mais barato para o usuário, mais eficiente na operação e mais transparente no controle público. Para isso, o primeiro passo é o cancelamento dos contratos emergenciais firmados nos últimos anos, após a cassação das permissões das empresas Petro Ita e Cascatinha. Neste processo, a população não precisa se preocupar com a disponibilidade e oferta de ônibus.

“Não dá mais para aceitar que o cidadão sofra diariamente com um sistema falho, caro e mal gerido. Queremos reestruturar o sistema da cidade. Mas, é impossível fazer isso em cima de um sistema ineficiente, que não oferece ao usuário um transporte de qualidade, que não conta com linhas suficientes e que tem viagens demoradas e caras. O transporte público não pode ser tratado como um negócio à parte dos interesses da população. Estamos colocando um ponto final em contratos que não atenderam às necessidades do povo e iniciando uma nova etapa. Assumimos no início do ano com o objetivo de melhorar o transporte público para os petropolitanos, diminuir as passagens e melhorar a mobilidade. Tudo isto passa por este novo modelo do sistema”, afirmou o prefeito Hingo Hammes.

Ao todo, são sete contratos que serão cancelados com as empresas Cidade das Hortênsias (que atende ao Carangola, Oswaldo Cruz, Trono de Fátima e Estrada da Saudade), Cidade Real (que atende ao Morin, Alto da Serra, Meio da Serra, São Sebastião, Siméria, Independência, Taquara e Santa Isabel) e Turp (que assumiu as linhas do Jardim Salvador, Roseiral, Retiro, Quarteirão Brasileiro, Dr. Thouzet, Amazonas, Rio de Janeiro, Gulf, Espírito Santo, Duques, Honduras, Venezuela, Chapa 4 Valparaíso).

“Hoje o sistema de transporte da cidade é um emaranhado de contratos emergenciais. Alguns desses contratos tinham vigência até o ano de 2032. Outros encerravam no segundo semestre deste ano. Nesta primeira fase do Plano de Contingência, serão firmados três novos contratos emergenciais – um para cada empresa –, com vigência de até um ano. As empresas continuarão atuando nos mesmos lotes de linhas, mas agora sob novas exigências. Esses contratos já seguirão as diretrizes do novo modelo de transporte público”, esclareceu o presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), Luciano Moreira.

Entre as principais mudanças, está a implantação da bilhetagem eletrônica sob controle da Prefeitura, que passará a gerir diretamente os recursos arrecadados no sistema. O prefeito Hingo Hammes, explica ainda que o primeiro passo para a cidade ter um modelo eficiente de transporte público é a compreensão de forma geral do funcionamento. “Hoje, a maior parte das informações estratégicas estão nas mãos das empresas, é uma verdadeira caixa preta. Isto está errado e dificulta o entendimento por parte da Prefeitura sobre a real situação dos transportes. O que estamos propondo com esta primeira fase do Plano de Contingência é trazer para o município o controle das informações. Com isto poderemos saber de fato os gargalos do sistema e auditar os dados”, disse.

Durante o processo, fica garantido que as empresas continuarão atuando da forma que está atualmente. O presidente da CPTrans ressalta que os novos contratos e cancelamento dos atuais não poderão ser paralisados pelas empresas. “O Plano de Contingência será uma mudança sim, mas tudo será feito de uma forma que a população não seja prejudicada, muito pelo contrário, o objetivo maior é garantir os direitos e melhorar o sistema”.

Reestruturação profunda do sistema

Nos próximos meses, a Prefeitura dará continuidade às etapas do Plano de Contingência do Sistema de Transporte Público de Petrópolis (STPP). As medidas incluem auditorias nas empresas, revisão das linhas existentes, reestruturação dos itinerários e redistribuição dos lotes de operação, com foco na racionalização do sistema e melhoria para os usuários.

Outra medida, prevista no plano, é a revisão das linhas existentes. Com isso, o cenário do transporte público muda e um rearranjo de distribuição dos lotes de linhas será necessário. Um grupo de trabalho para reajustar as linhas já foi montado. “Vamos priorizar trajetos que transportem mais gente, em menos tempo, com maior regularidade. Aumentar a frequência de viagem enquanto reduzimos a quilometragem percorrida. O objetivo é reduzir tempo de espera, diminuir a duração das viagens e, ao mesmo tempo, aliviar os custos operacionais. Isso só será possível com coragem para mexer no modelo antigo e construir uma rede mais inteligente e mais justa para o cidadão”, explicou Luciano Moreira, presidente da CPTrans, ressaltando que essa parte do plano não será feita neste momento.

O Plano de Contingência prevê ainda a renovação da frota, com a aquisição de ônibus elétricos via recursos do PAC, além da implantação de uma nova metodologia tarifária e a concessão da gestão das estações rodoviárias à iniciativa privada. “Estamos trabalhando junto ao governo federal para destravar o recurso aprovado no PAC para a compra de novos veículos para a cidade. Nossa intenção é utilizar esse recurso como um dos pontos para baixar a tarifa ou mesmo utilizar esta frota com tarifa zero. Esta decisão será tomada a partir de estudos realizados pela CPTrans com base nos resultados obtidos na primeira fase do Plano de Contingência. Este é um trabalho complexo, que não pode ser baseado em informações sobre a bilhetagem que hoje nós não temos confiança por não termos o controle”, afirmou Hingo.

“Hoje, o transporte coletivo perdeu espaço para os carros de aplicativo. Se quisermos que as pessoas deixem seus carros em casa e usem o ônibus, precisamos entregar qualidade, agilidade e confiabilidade. Este é o momento de virar a chave e colocar o cidadão no centro da política pública de mobilidade”, finalizou Luciano Moreira.

Melhorias na mobilidade urbana

Desde de janeiro, a Prefeitura vem implementando mudanças no trânsito para garantir melhorias na mobilidade urbana da cidade, reduzindo congestionamentos, que diariamente impactam na operação das linhas de ônibus do transporte público municipal.

Uma das medidas implementadas foi o sistema binário entre as ruas Pedro Américo e General Rondon no Quitandinha, que funciona de segunda a sexta (exceto feriados), das 17h às 19h. A medida reduziu significativamente os congestionamentos na região, que eram provocados pelo acesso ao Independência, uma das regiões mais populosas da cidade.

A CPTrans também deu início ao teste de implementação do binário de Corrêas, entre a Estrada União e Indústria e a Rua Visconde de Taunay. A medida, que está em avaliação, já apresentou a redução considerável do congestionamento causado pelo acesso à ponte de Corrêas, que gera congestionamentos, no sentido Itaipava, chegando até o Terminal de Corrêas. A medida também vem sendo aplicada entre 17h e 19h.

Outra mudança já anunciada pela Prefeitura, também na Estrada União e Indústria, é a retomada do projeto da rotatória do Carangola, que vai permitir melhor fluidez no acesso ao bairro e a Estrada da Saudade.

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