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Pesquisa divulgada pela CDL Petrópolis destaca gasto mensal de R$ 186 e comprometimento da renda familiar

Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offerwise Pesquisas, revela que mais de 40 milhões de consumidores brasileiros realizaram ao menos uma aposta ou jogaram online nos últimos 12 meses. A pesquisa detalha que 63% dos entrevistados participaram de apostas esportivas, 27% jogaram slots, 26% roletas, 20% caça-níqueis e 18% poker. A pesquisa, compartilhada com todas associadas à CNDL, como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, acende o alerta sobre o comprometimento de renda com as apostas e a queda de qualidade de vida.

“Os dados deixam evidente que, além de deixarem de adquirir bens e serviços, os apostadores comprometem pagamento de contas em dia e até mesmo o lazer. Isso reflete no consumo, evidentemente, mas estamos falando do risco social e como afeta o núcleo familiar. O levantamento é muito mais do que a identificação de queda de consumo e segue o alerta do endividamento das famílias por falta de educação financeira, outra bandeira que o comércio varejista bem levantando e cobrando ação do poder público”, afirma Cláudio Mohammad, presidente da CDL Petrópolis.

O estudo também destaca que 81% dos que admitiram jogar no último ano o fazem com frequência: 22% jogam de duas a três vezes por semana, 20% semanalmente e 17% mensalmente. A média de gastos com jogos e apostas no último mês foi de R$ 186, valor que sobe para R$ 267 nas classes A/B. Os métodos de pagamento mais utilizados são o PIX (72%) e o cartão de crédito (18%).

Preocupação crescente com os gastos excessivos

Um dado alarmante da pesquisa é que 25% dos entrevistados reconhecem gastar mais do que podem com jogos e apostas online. O tempo médio dedicado a sites e aplicativos de apostas é de duas horas diárias, o que tem levado 46% dos consumidores a renunciar a outras compras, como roupas, calçados e acessórios (18%), internet (17%), passeios em família (16%) e alimentação fora de casa ou delivery (16%).

O impacto no orçamento doméstico é evidente: 15% dos entrevistados afirmam que deixaram de pagar alguma conta para poder jogar, e 18% já foram negativados devido a esses gastos, com 10% ainda enfrentando essa situação. Além disso, 30% relataram que as apostas afetaram sua vida social, causando queda de produtividade no trabalho (11%) e endividamento (11%). Problemas adicionais incluem ausência nas responsabilidades familiares (10%), além de sinais de vício, como o uso do jogo como alívio (10%) e irritação quando não estão jogando (9%).

Os números revelam uma ameaça não só à saúde financeira dos consumidores, mas também à economia local e pode se tornar um caso de saúde pública. É um ciclo  de negatividade que pode tomar proporções fora de controle. É urgente que esteja em pauta na sociedade e como ação do poder público”, enfatiza Claudio Mohammad.

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